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História do Computador

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    feedback-ti
  • 27 de out. de 2015
  • 5 min de leitura

A indústria dos computadores pessoais começou em 1971 com a introdução do primeiro microprocessador, o Intel 4004. Mas a indústria decolou de verdade logo após a edição de janeiro de 1975 da revista Popular Electronics, da Ziff-Davis, que anunciava o "Sucesso do Projeto" Altair 8800, da MITS, citado pela revista como "o primeiro kit para minicomputador do mundo a concorrer com os modelos comerciais".

Pelos padrões atuais, este kit inicial desenvolvido por Ed Roberts, que liderava a MITS, uma pequena companhia de componentes eletrônicos de Albuquerque, Novo México, era bastante limitado. Ele se baseava no microprocessador 8080 da Intel e tinha apenas 256 bytes de memória. Com um preço bem acessível, US$397, o Altair foi o primeiro computador pessoal disponível em grande escala para o público em geral. Ele atraiu centenas de pedidos por parte de entusiastas da eletrônica.

Um dos que notaram este evento embrionário foi um jovem programador da Honeywell chamado Paul Allen, que mostrou o artigo da Popular Electronics a um velho amigo, um calouro da universidade de Harvard chamado Bill Gates. A dupla rapidamente uniu suas forças para elaborar uma versão do BASIC para o Altair. Em pouco tempo, Allen foi trabalhar para a MITS como diretor de software e, logo em seguida, Gates deixou Harvard para juntar-se a Allen em Albuquerque e dar início a uma empresa que, mais tarde, seria conhecida como Microsoft. (Outro ex-funcionário da MITS, David Bunnell, publicaria, mais tarde, uma variedade de revistas especializadas em computação, dentre elas a PC Magazine.).

Com a introdução do Altair, a indústria de computadores pessoais decolou. O ano de 1977 assistiu a uma explosão de interesse pelos computadores pessoais e à introdução de uma longa sucessão de máquinas - Commodore PET, Radio Shack TRS-80 - e a mais importante de todas - a Apple II, de Steve Wozniak e Steve Jobs.



Devido ao rápido crescimento do mercado não significava muito no início, o período foi marcado por uma criatividade em hardware jamais vista. O ramo do software também começou a crescer, jogos e até mesmo de aplicativos, como o popular Processador de textos WordStar. Em pouco tempo, ninguém mais via os computadores pessoais como brinquedos, mas sim como um instrumento de trabalho. E a IBM, que há muito tempo dominava a área dos computadores de grande porte, queria a sua portcentagem neste negócio.

A IBM em 1980, não estava acostumada com concorrência, mudanças rápidas e vendas ao consumidor final. Ela vendia máquinas comerciais - com foco em computadores e máquinas de escrever - a grandes empresas, utilizavam sua própria tecnologia e apoiava-se cegamente num sistema bem estruturado de vendas e prestação de serviços às grandes contas.

O ramo dos PCs precisava de algo diferente. Este novo mercado estava mudando depressa e um recém-chegado teria que se atualizar velozmente. Além disto, teria que se dividir entre os usuários individuais e as empresas, mesmo que a meta principal fosse continuar a vender computadores comerciais. Isto foi o que disse William C. Lowe, diretor de laboratório da unidade de Sistemas de Nível de Entrada da IBM em Boca Raton, Flórida, ao Comitê de Gerenciamento Corporativo da IBM, o que incluía o presidente da IBM, John Open, em julho de 1980. Lowe disse ao comitê que a IBM precisava construir um computador pessoal e que havia um espaço no mercado ainda não canalizado pela Apple e outras empresas. Contudo, disse ele ao comitê, ele não poderia ser construido dentro da cultura padrão da IBM daquela época.

Sendo assim, eles recrutaram 12 engenheiros para formar uma força-tarefa, chamada Projeto Chess, e construiriam um protótipo de computador. No próximo mês, está força-tarefa de Lowe já tinha muitas reuniões com outros representantes da nova indústria e tomou algumas decisões importantes que, futuramente, viriam a afetar a arena do computador pelos próximos anos.

Uma destas decisões foi a de comercializar o computador pessoal da IBM através de lojas de varejo, além de oferecê-lo por meio da equipe de vendas comissionada da própria IBM. Mas talvez a decisão mais importante da companhia tenha sido a de utilizar uma "arquitetura aberta": selecionar os componentes básicos e o sistema operacional de fontes externas à IBM.

No mês de agosto, Lowe e dois engenheiros, Bill Sydnes e Lew Eggebrecht, fizeram a demonstração de um protótipo ao Comitê de Gerenciamento Corporativo, que aprovou o plano inicial e deu ao Projeto Chess a aprovação para a criação de um computador pessoal chamado Acorn. Para liderar o grupo que o construiria, Lowe procurou Philip D. "Don" Estridge, outro antigo funcionário da IBM. Estridge recrutou uma equipe que incluía Sydnes, líder da engenharia, Dan Wilkie, responsável pela manufatura, e H. L. "Sparky" Sparks, para a liderança das vendas.

Uma das primeiras escolhas a serem tomadas era a do Processador que alimentaria o computador. A força-tarefa havia escolhido um computador de 16 bits, já que ele seria mais potente e mais fácil de programar do que as máquinas de oito bits existentes. A Intel havia anunciado recentemente o 8086 de 16 bits, mas Sydnes anunciou, mais tarde, que a IBM teve receio de que o 8086 fosse muito potente e concorresse outros itens da IBM.

Assim, eles escolheram o 8088, uma versão do chip com barramento de oito bits e estrutura interna de 16 bits. Esta tecnologia de oito bits oferecia o bônus a mais de trabalhar com as placas de expansão oito bits existentes e com dispositivos oito bits relativamente baratos, como os chips controladores, que poderiam ser incorporados de maneira simples e barata à nova máquina.

Outra decisão importante era o software. Em julho, membros da força-tarefa fizeram uma visita à Digital Research para solicitar à empresa que ela portasse seu sistema operacional CP/M para a arquitetura 8086, mas os advogados da DR não quiseram assinar o contrato de exclusividade da IBM. Assim, a equipe da IBM foi até Seattle, para uma reunião com a Microsoft, na qual esperavam obter uma versão do BASIC, os executivos da Microsott assinaram um contrato com a IBM e Bill Gates e a companhia estavam discutindo não só o BASIC como também um sistema operacional.

Imediatamente após, a Microsoft obteve um sistema operacional 8086 que atendia por variáds nomes, incluindo "Quirk and Dirty DOS", ou QDOS, elaborado por Tim Patterson.

Seguiram-se meses fortes de união de hardware e software, até que em 12 de agosto de 1981 a IBM apresentou o IBM Personal Computer. Aquele primeiro computador - com uma CPU 8088, 64Kb de RAM e unidade de disco flexível de 160 Kb de face simples - tinha um preço de tabela de US$2.880. Quando o IBM PC foi lançado, em outubro, Estridge - então considerado o pai do PC - e sua equipe eram o exemplo do sucesso.


Para saber e entender mais assista a "História do computador em minutos" vídeo do canal "Adriano L.P. Sant'Anna".



 
 
 

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